As primeiras imagens visuais
animadas foram os jogos de sombra, mais conhecidos como sombras chinesas, sendo
introduzidos como espetáculo por volta de 5000 anos A.C. Posteriormente, a
Lanterna Mágica cumpriu o papel do que é hoje o projetor de slides. A teoria da
câmara escura havia sido elaborada pelos renascentistas italianos Leone
Alberti, Da Vinci e Della Porta.
A invenção da fotografia
impulsionou a estréia do cinema, auxiliada por pesquisas concluídas pelos oftalmologistas
Peter Mark Roget e Joseph-Antoine Plateau, sobre a persistência da retina: uma
das características do olho humano é que as imagens expostas na retina não
desaparecem instantaneamente, permanecendo por algumas frações de segundo. Por
isso são exibidas vinte e quatro fotografias por segundo no projetor do filme.
Émile Reynaud criou o
praxinoscópio, que posteriormente foi transformado em projetor pelo próprio
Reynaud. Ele fez ainda algumas experiências para sincronizar suas obras com o
som. Os roteiros consistentes e imagens de qualidade artística indiscutível,
fizeram com que muitos o considerassem como verdadeiro inventor do cinema.
Thomas Alva Edison, inventor do
gramofone (vitrola), acreditava que a música deveria ser acompanhada de
imagens. Em 1890, inventou uma câmera reprodutora de imagens em movimento e
criou a película em celuloide com perfurações duplas, conseguindo projetá-las
na parede. Temendo perder o controle da comercialização deste invento, Edison
acabou transformando-o em um instrumento individual, colocando a máquina dentro
de uma caixa e fazendo uma fenda para receber moedas.
Os irmãos Lumière aperfeiçoaram o
invento com finalidade científica, e acabaram chegando ao “cinematógrafo”,
aparelho que servia tanto para filmar como projetar filmes. A certidão oficial
de nascimento do cinematógrafo leva a data de 28 de dezembro de 1895, primeira exibição pública e paga no Grand
Café, em Paris.
Camila Galvão
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